segunda-feira, 12 de maio de 2008

1º CAPÍTULO DO LIVRO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO EXTENSÕES DO HOMEM DE MCLUHAN

Colegas!!
Só algumas pitadinhas referentes à dois capítulos da 1ª Parte do Livro de Mcluhan:


O autor Mcluhan relata no 1º cap. deste livro que o meio é a mensagem, pois aborda as conseqüencias sociais e pessoais de qualquer meio, ou seja, de qualquer uma das extensões de nós mesmos, que constituem o resultado do impacto introduzido em nossas vidas por uma tecnologia. A princípio, o "conteúdo" de qualquer meio ou veículo é sempre outro meio ou veículo. Por sua vez, a "mensagem" de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas humanas (1964, p. 22).
Ao citar a luz elétrica como exemplo, o autor afirma que o meio é a mensagem, explicando que é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas.
Muitas vezes, os meios cegam o ser humano de tal forma que não permitem a visão do meio originário por considerá-lo parte de sua vida a ponto de ser uma extensão dele próprio.

No 2º capítulo, esse autor também trata dos meios quentes e meios frios. Ele define como um meio quente, aquele que prolonga um único de nossos sentidos em alta definição, em saturação de dados. Tal meio não deixa espaço para ser preechido, ou coisas a serem completadas. Ex.: a fotografia, o rádio.
Já um meio frio é aquele que prolonga em baixa definição, fornecendo pouca informação e abrindo um enorme espaço a ser preenchido e completado. Ex.: o telefone, a fala, a caricatura. Um meio frio permite mais participação do que um meio quente, justamente por não estar totalmente completado.

2 comentários:

antes que a natureza morra disse...

Eu me construí como educador dentro da sala de aula, em 46 anos de convivio diário com gente de 15 a 25 anos. Não fui apenas um mero professor, que qualquer um é, bastando apenas vomitar contéudo. Eu aprendi a "educar...a...dor".
Qundo comecei, não existiam muitos téoricos, esses modernosos autores de hoje que nunca deram uma só aula.
Mesmo assim fiz alguns cursos superiores até o fim, fiz um mestrado em Ecologia...e quando vi a quase total ignorância/divergência/ entre o que se estudava nestes cursos e o que se passava no mundo real, desisti do doutorado.
Mesmo assim, me aposentei como professor titular da UFSM. Quanto a Mcluhan...trabalhei 30 anos em jornal (fazendo uma crônica diária), 26 anos em rádio (com programa semanal) e 3 anos em TV (com programa semanal). E posso te afirmar uma coisa : na prática a teoria é outra. Se a pessoa não tiver talento, nada adiantarão as especializações, mestrados e doutorados da vida, a maioria deles feitos apenas para conseguir mais alguns tostões de aumento no salário, quando não para ficar de licença e fugir da sala de aula.
A sala de aula sempre foi meu prazer,minha arena, meu orgasmo, minha vida. E posso medir meu trabalho pelas diginidades acadêmicas que recebi, sendo paraninfo e homenageado da quase totalidade das turmas, mesmo reprovando muitos deles no ano da formatura.
Em 45 anos de magistério superior, observei uma coisa : a maioria dos colegas detesta dar aula, não têm substrato cultural e cultura geral para enfrentar esta geração, pouco conhece de relações humanas, de drogas, de DST, de gravidez na adolescência. Nas escolas de ensino médio, é pior. Quando surge um problema de droga, não têm capacidade e estrutura para resolver o problema intramuros. Chamam pais, denunciam ao Conselho Tutelar, fazem BO, eliminam da escola...isto é, tratam um doente (a drogadicção é uma doença) como se fosse um problema policial, ou seja, fazem na prática a "antiescola". O aluno-problema é que se constitui num desafio e este é eliminado como um leproso. O aluno-bonzinho, aquele "vivo" que já percebeu a mentalidade das "tias", é festejado.
Decorar polígrafos e conteúdo manjados, aprender a colocar a cruzinha certinha no cartão do computador do vestiba, etc...é garantia de felicidade ?
MCLUHAN com seus manjados meios frios e quentes, o que têm a ver com a realidade brasileira ? E o Paulo Freire, com "tias" criadas na geração da ditadura, ainda é considerado comunista ?...rsssss
Se aceitares a publicação do meu comentário (tenho dúvidas disso), te sugiro copiar o mesmo e discutir em sala de aula com tuas colegas e professoras. Farão uma discussão realmente útil, brasileira, com pontos-de-vista em conflito, que é o que se espera dentro de uma universidade. E não formar uma geração de concordinos com a literatice que vem de fora.
Beijão !

James Pizarro

www.professorpizarro.blogspot.com

antes que a natureza morra disse...

ERRATA :

Onde se lê "diginidades"...leia-se "dignidades".

Obrigado

J. Pizarro